Descrição
Da natureza transitória das coisas, ensinou-nos Lucrécio a crer que a nossa alma se dispersaria junto com o corpo e toda poeira cósmica do universo. Mas existem centro gravitacionais que elipticamente nos seguram aqui e agora. É dessa misteriosa força que nos fala Órbitas, poesia nómada que descreve o mundo em clarões, momentos estelares entretecidos na música: EMBALO Janeiro e a tua súbita presença, caída em antecipação e sobressalto, mas tu vinhas já numa trajectória de asas largas, como que chegado para nos embalares o mundo, uma chaconne que vibrava sobre a variação de dois corpos, e trazias um ponto cardeal na boca, uma direcção de perplexidades, para que, a partir de ti, soubéssemos pertencer à terra inteira.
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