Descrição
A FLOR DOS GINÁSIOS
Na noite insolente praticam
equilíbrios instáveis:
colares, pulseiras, algemas,
que trazem
para casa, no suor automóvel
com os rádios eruditos aos gritos,
o alarme que dispara.
Empresárias, juízas,… as
solteiras dos maridos. Sugadas
pela insolência do trânsito nocturno.
¿Esperava-se aridez?… Não; ninguém.
Drogadas na endorfina trepam
as paredes do crânio, em demanda
d’ alguma substância para sempre ida.
¿Esperava-se doçura?… Sim; mas não.
Arrogam-se o atrevimento da postura
que dissimula a deriva ébria
com uma sinalética crua, de
fardas funcionárias abstractas
bem polidas e alisadas:
a ferro.
Avaliações
Ainda não existem avaliações.