Descrição
«Os autores destes cem cartoons são comentaristas, como se dizia no início do século XX, retratistas ou cartoonistas, observadores que têm uma malícia fina e um misto de amargura, ironia e optimismo. São cartoonistas que tomam posição, escolhem um lado, expõem um paradoxo, uma hipocrisia, uma fragilidade, uma prepotência. Com rebeldia, liber¬dade e uma combinação de fora de escala e porta aberta para o irracional e para a nossa infância, fa¬zem a síntese dos nossos dias. É essa a sua força.
Mas a força destes desenhos também está na cum¬plicidade direta que temos com eles. Sabemos quem é Putin, conhecemos o seu nariz; sabemos quem é Kim Jong–un, conhecemos o seu corpo redondo de pernas curtas; sabemos quem é Khamenei, co¬nhecemos a sua barba. O mesmo para Costa, Re¬belo de Sousa, Jerónimo de Sousa. Não são precisas apresentações, introduções, contextualizações. Estes desenhos não nascem sozinhos. Precisam de jornais e de leitores de jornais. Olhar para eles faz parte da experiência de ler um jornal e querer saber o que se passa no mundo.
Este livro é um passeio incómodo. Rimos, de nós e dos outros, mas sobretudo dos outros. E sentimos um mal-estar profundo, por nós e pelos outros. O ano foi assim e este livro só podia ser assim.»
Bárbara Reis
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