Descrição
Embora querendo-se sempre poeta inspirado e exímio na sátira social e no humorismo mefistofélico, Gomes Leal passa a privilegiar a “estética do Mistério” na viragem do século. A concretização criativa dessa opção fará convergir a receptividade do poeta à crise ideológica do fim-de-século e o seu já antigo gosto pelo fantástico e pelo cruzamento espectral do amor e da morte.
A Mulher de Luto (1902) funde essas tendências em narrativa que se singulariza pela feição ocultista e espírita, mas valoriza-se sobretudo como necrografia em que o poeta se projecta, até desfechar em alta expressão lírica do drama pessoal.
Avaliações
Ainda não existem avaliações.